RenauxView: 100 Anos de Tradição e Inovação na Moda Brasileira
- RenauxView
- 16 de abr.
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Atualizado: 17 de abr.
Em 2025, a RenauxView celebra um século de história – uma trajetória que se confunde com o próprio desenvolvimento da indústria têxtil no Brasil. Mas esse caminho começou bem antes, em 1892, com a fundação da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, idealizada pelo imigrante alemão Karl Christian Renaux, que aqui passou a ser conhecido como Carlos Renaux.
Carlos Renaux era dono de uma casa de comércio e teve uma ideia visionária ao perceber, entre os imigrantes oriundos de Lodz, na Polônia, uma vocação têxtil latente. Muitos deles haviam chegado ao Brasil com a expectativa de prosperar na agricultura, mas encontravam dificuldades para se adaptar ao clima e às condições locais. Diante disso, Carlos vislumbrou uma oportunidade: por que não aproveitar o conhecimento desses imigrantes na arte da fiação e tecelagem? Para testar a ideia, mandou construir artesanalmente os primeiros teares, que logo mostraram resultados promissores. O êxito da empreitada foi tão expressivo que, pouco tempo depois, decidiu investir pesado: viajou à Inglaterra e trouxe modernos teares industriais, ampliando significativamente a capacidade produtiva. Em 1900, consolidando essa expansão, fundou, junto à tecelagem, a primeira fiação de Santa Catarina — um marco que garantiu a Brusque o título de "Berço da Fiação Catarinense".
Em 1918, Carlos Renaux foi nomeado cônsul honorário do Brasil na Europa. Já em 1925, enquanto cumpria suas missões consulares no continente, seu filho Otto Renaux, junto ao técnico têxtil Otto Nietsch, fundou a Indústrias Têxteis Renaux S.A. (IRESA), como um desdobramento da atividade original da fábrica. O objetivo era atender à crescente demanda nacional por tecidos para o lar e decoração. Um dos primeiros clientes foi o governo catarinense: o Palácio Cruz e Souza, então sede do governo estadual, foi decorado com madras, etamines e gobelins produzidos em Brusque.
Mais adiante, frente à crescente concorrência no segmento de decoração, a IRESA identificou uma nova oportunidade: tecidos para camisaria. No fim dos anos 1960, iniciou-se uma guinada estratégica rumo ao vestuário.
As décadas seguintes trouxeram desafios. A crise do algodão, a abertura de mercado e a desvalorização cambial nos anos 1990 impactaram profundamente o setor. Em 2006, a empresa estava à beira do encerramento das atividades, até que Armando Hess de Souza e Márcio L. Bertoldi assumiram o controle acionário e administrativo, dando início a um processo de recuperação e reposicionamento estratégico que devolveu à empresa sua relevância no mercado nacional.
Desde então, a empresa reafirmou sua vocação têxtil com foco em qualidade, inovação e contemporaneidade. Entre as primeiras medidas estratégicas estiveram a suspensão da produção de tecidos considerados commodities, a criação de coleções sazonais alinhadas ao calendário da moda e a adoção de um novo nome — RenauxView — simbolizando uma nova visão para a marca. A expertise em tecidos de fio tinto foi resgatada e fortalecida, enquanto novas linhas — como os tecidos estampados, lisos e Jacquard — foram desenvolvidas para atender a um mercado cada vez mais exigente. Com essa transformação, a empresa se consolidou como uma das principais fornecedoras da indústria da moda brasileira.
RenauxView e a Moda: Uma Parceria de Sucesso
A entrada no universo da moda foi reforçada por colaborações com estilistas de renome, que levaram os tecidos da RenauxView às principais passarelas do país, como o São Paulo Fashion Week e o Rio Fashion Week. Essa presença fortaleceu o reconhecimento da marca como sinônimo de qualidade e inovação.
Para sustentar essa evolução, a empresa investiu em tecnologia de ponta: teares modernos, beneficiamento automatizado e sistemas de controle de produção. Com mais de 40 coleções lançadas desde 2006, a RenauxView segue como uma das tecelagens mais criativas e relevantes do Brasil, comemorando 100 anos de história entrelaçada à própria evolução da indústria têxtil nacional.
